Indi 300 são paulo justiça tenta vetar prova

domingo, março 07, 2010 Posted by Marcelo Faustino / Fernando Faustino




A menos de uma semana de sediar pela primeira vez uma prova da Indy 300, inserida no calendário mundial da categoria, a Prefeitura de São Paulo terá de se explicar ao Ministério Público sobre a segurança e a viabilidade do evento. Em último caso, a corrida corre o risco de não acontecer. A prova será realizada em um circuito de rua na região do Anhembi, nos dias 13 e 14 deste mês. Partes da pista estão instaladas na Marginal Tietê e no Sambódromo.
O prazo para a Prefeitura se manifestar expira na próxima terça-feira, quatro dias antes dos primeiros treinos da categoria. O promotor de Justiça Raul de Godoy, que instaurou o inquérito civil para apurar a viabilidade da prova, afirma que não é de seu interesse impedir que a apresentação ocorra, mas que ela aconteça em condições de segurança adequadas. Ele pertence à Promotoria de Justiça de Habitação e Urbanismo da capital.
"A chance de a prova não acontecer é praticamente nula, mas vou avaliar a resposta da Prefeitura. Se tudo estiver correto, podemos fazer algumas recomendações. Caso contrário, vou avaliar qual a medida mais adequada", diz.
O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), diz que está tranquilo e muito confiante na realização da prova. "O Ministério Público é parceiro da cidade e pediu as informações".
Segundo o promotor, o inquérito civil foi instaurado a partir de uma representação do vereador Adilson Amadeu (PTB), mas qualquer cidadão pode fazê-la. "Fomos provocados e por isso estamos agindo. Esse é o nosso papel", afirmou.
Para Amadeu, realizar uma prova de rua na cidade é um "teste desnecessário" para o cidadão. Ele cita o trânsito ruim e as enchentes e questiona o investimento de R$ 12 milhões feitos pela Prefeitura para viabilizar a realização da prova. Segundo ele, "estão construindo um castelo" para apenas dois dias de evento.
Amadeu afirma ainda que os requisitos temporários para a realização de eventos da cidade não foram cumpridos. Ele alega que recorreu ao Ministério Público porque o Executivo costuma demorar para se manifestar.

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