Até quando vamos ser roubados

segunda-feira, fevereiro 08, 2010 Posted by Marcelo Faustino / Fernando Faustino


Vamos tentar entender o que você coloca no seu carro. Nos cálculos abaixo vamos considerar que a gasolina não é a batizada (pois esta é outra história). No fundo quando você abastece o carro, apesar da gasolina está durante muito mesmo tempo sem alteração de preço, você ainda acha que a gasolina é cara, você não entende exatamente por quê? Acredita que se trata pelo aumento do preço do petróleo, ou o aumento do dólar (aumento???), sempre você vai ter um motivo:
Formação do preço da gasolina:
Gasolina “A” 800 ml (pura, vendida pela Petrobrás)= 0,80 Álcool anidro 200 ml (20% misturado à gasolina) = 0,24
Custo Total de 1 l (sem impostos) = 1,04Cide – Pis/Confins (Impostos Federais) =0,44 ICMS (Imposto Estadual) = 0,64 Total dos impostos (104% do preço bruto) =1,08Total (Custo + Imposto) = 2,l2 Lucro da Distribuidora (em média por litro) = 0,08 Frete (em média por litro)= 0,02 Lucro do posto (em média por litro)=0,25 Valor na bomba com impostos = 2,47 Valor na bomba sem impostos = 1,39
Se você consume 200 litros de gasolina por mês, o bolo fica assim dividido:
Dono do carro (otário) gasta R$ 494,00 Dono do posto ganha R$ 50,00 Dono do caminhão (frete) R$ 4,00 Petrobrás ganha R$ 16,00 Governo embolsa apenas R$ 216,00
Entendeu?
A gasolina aumentou um pouco, mas não mudou muito não, o governo continua ganhando muito bem, obrigado









O consumidor brasileiro que provocou a explosão de vendas de carros bi-combustível em 2005 terminou o ano desconfiado.

O preço do álcool subiu em todo o país. Em São Paulo, o aumento médio foi de 57% em seis meses, contra um reajuste de 12% para a gasolina. Os motivos dessa distorção: a alta do preço do açúcar no mercado internacional desviou parte da produção de cana antes destinada ao álcool. E o estouro de vendas de carros flex. Eles podem rodar tanto com álcool como com gasolina, mas o consumidor tem uma preferência: “Álcool, porque é mais barato", justifica uma consumidora.

“Muitos ainda estão vendendo a R$ 1,35”, observa um motorista.

O consumo aumentou, as destilarias puxaram os preços. Com a alta do preço do álcool, quem tem carro flex precisa agora fazer uma continha para saber se é mais vantajoso rodar com álcool ou com gasolina. O litro do álcool tem sempre que custar menos, porque o motor consome mais por quilômetro rodado, o problema é saber o quanto mais barato ele precisa ser.

O consultor Ricardo Dubois fez as contas para o consumidor: "Ele entrou no posto com um carro flex, se o preço do álcool estiver abaixo de 70%, ele enche com álcool", ensina.

Num posto, a gasolina está custando R$ 2,599. É negócio abastecer com álcool enquanto o litro estiver abaixo de R$ 1,82.

Os donos de destilarias dizem que o preço do álcool vai se estabilizar.

"Os produtores têm feito maciços investimentos na expansão dos canaviais para atender à demanda do mercado interno e do mercado externo", declara Fernando Terri, diretor da União das Destilarias/SP.

Mas se isso não acontecer, os donos de carros flex têm uma arma decisiva: mudar para a gasolina até a queda do preço do álcool.

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